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Presidente do Itaú elogia o "pacto" do PT
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua primeira reunião
com Lula e dirigentes do PT, o
presidente do Banco Itaú, Roberto Setubal, elogiou o "laboratório" do pacto social de Lula
realizado na manhã de ontem.
"Foi muito bom, bastante interessante. Todos aqui estavam
abertos a debater o que é melhor para o Brasil. O caminho é
de conversa, vamos continuar
conversando", afirmou Setubal, que comanda o segundo
maior conglomerado financeiro privado do Brasil.
Ele disse ter saído "tranquilo"
da reunião.
No final de setembro, antes
mesmo da realização do primeiro turno, Setubal protagonizou um dos fatos políticos da
campanha ao afirmar, em
Washington, que não tinha dúvidas sobre a vitória de Lula.
Devido à grande repercussão
da declaração, o banqueiro divulgou uma nota em que dizia
ser eleitor do tucano José Serra.
Setubal não foi o único empresário a saudar a iniciativa do
PT. "É o clima de um Brasil novo. O presidente da República
não é Deus, é um ser humano, e
a maior qualidade de um ser
humano é saber ouvir. Esse foi
o espírito da reunião e será o do
governo", disse o presidente da
Abit (Associação Brasileira da
Indústria Têxtil), Paulo Skaf.
A presença de empresários
que jamais haviam travado
contato com o PT foi, segundo
dirigentes do partido, outro indício de que a vitória de Lula
seria algo irreversível.
Além de representantes de
quase todos os grandes bancos,
entre eles Citibank, Itaú, Unibanco, Real e Opportunity, os
petistas destacaram a participação de executivos da Coca-Cola, da Telemar e da Sony.
Também estiveram presentes
empresários que já estão engajados na campanha de Lula, como Eugênio Staub (Gradiente)
e Ivo Rosset (Valisère).
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