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Sigla quer mais verba para defesa
DA REPORTAGEM LOCAL
Nascido em fevereiro de 1980, a
cinco anos do encerramento do
regime militar, o PT foi visto com
desconfiança pelo comando militar da época por sua suposta inspiração comunista.
Na Constituinte de 1988, o partido foi um dos mais combativos na
retirada de poder dos militares
para "manter a ordem interna",
argumento considerado golpista.
Depois de 22 anos e mais próximo do centro do que quando de
sua criação, o PT inclui em seu
programa de governo uma defesa
dos militares.
"As Forças Armadas encontram-se com poucos recursos,
não sendo capazes de oferecer a
seus contingentes a formação e os
meios compatíveis com as exigências da defesa nacional", diz o texto do partido.
O PT afirma que as próprias instituições resistem às pressões para
que venham a desempenhar papel de polícia interna e propõe debate no Congresso sobre a "concepção moderna" de seu papel.
"A partir daí, será possível definir com clareza uma orientação
para o reequipamento material
das Forças Armadas, coerente
com um desenho refeito da política de defesa nacional. O governo
Lula reforçará, modernizará e
prestigiará as Forças Armadas do
país", afirma o documento.
A sinalização de boas relações
com os militares parte de uma
premissa considerada essencial
pelos petistas: "Desde já, fica claro, porém, que as Forças Armadas cumprirão sua missão constitucional, especialmente aquelas
relacionadas com a defesa das
fronteiras e a proteção das regiões
ameaçadas em sua integridade,
como é o caso da Amazônia. Elas
deverão estar aptas também para
desempenhar internacionalmente missões de paz".
O partido rejeita funções policiais para os militares e afirma
que as "políticas de defesa serão
exclusiva, soberana e democraticamente definidas pelo Estado
brasileiro".
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