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ALAGOAS
Governo é marcado por greves
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
Apontada pelo ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso
como um possível modelo de
administração tucana para os
Estados, a gestão do governador de Alagoas, Teotonio Vilela
Filho (PSDB), desde o início,
em 1º de janeiro de 2007, vem
enfrentando uma sucessão de
greves, o aumento do número
de homicídios e luta para equilibrar as finanças do Estado.
Nos primeiros dias de governo, Vilela Filho chegou a adotar
medidas duras para cortar gastos, como anular reajustes salariais dados ao servidores pelo
governo anterior. Esse gesto
deflagrou uma onda de greve
que paralisou quase todas as
categorias do funcionalismo.
A partir dessa medida, o governo tucano enfrentou 69 dias
de greve de professores, 88 dias
de greve de médicos e uma paralisação de mais de seis meses
dos policiais civis a partir do segundo semestre de 2007.
A paralisação dos policiais
refletiu no Estado. Segundo dados da Polícia Militar, o número de homicídios passou de 550
em 2006 para 813 em 2007. Um
aumento de 47,8%.
No campo político, sem ter
uma base sólida no Legislativo
-o PSDB elegeu apenas dois
dos 27 deputados estaduais em
2006- o governador perdeu no
início do ano um dos principais
aliados na Assembléia.
Em maio, foi denunciado pelo Ministério Público Federal,
sob a acusação de irregularidades no pagamento de obra executada pela Gautama. O pedido
de autorização para processá-lo começou a tramitar na semana passada na Assembléia.
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