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OUTRO LADO
MS prevê melhora para 2003; RS diz estar na vanguarda
DA AGÊNCIA FOLHA
O Cogeti (Conselho Gestor do Assentamento Itamarati) aposta nos mais de 11
mil hectares de milho e soja que estão sendo plantados
no assentamento para a safra 2002/ 2003 para aliviar a
demanda das famílias assentadas -a previsão de lucro é
de R$ 8 milhões. "Aquele assentamento tem tudo para
se tornar um modelo com
produção", afirma o presidente do Cogeti, Erminio
Guedes, 50, que ocupa o cargo por nomeação do governador Zeca do PT e fala em
nome do governo.
Participam do conselho
secretarias e autarquias do
governo estadual, Incra, Prefeitura de Ponta Porã e quatro grupos de assentados:
MST, CUT, Fetagri e associação de ex-funcionários.
A maior parte da área que
está sendo plantada só foi
possível devido a parcerias
com empresas da região, que
financiaram parte da produção, sobretudo com sementes e insumos.
Guedes admite que a infra-estrutura está atrasada, incluindo a implantação do
sistema de abastecimento de
água e a eletrificação, mas
afirma que tudo estará pronto até o final de 2003.
No início de 2003, Guedes
afirma que ao menos outras
duas pendências serão resolvidas: o Plano de Desenvolvimento do Assentamento,
sem o qual não há liberação
de verbas via Pronaf, e o licenciamento ambiental.
O governo gaúcho diz que,
diferentemente de outros
governos, trata a questão
agrária como problema social e não policial.
"O movimento social é
problema social, não de polícia. Não usamos violência.
Resolvemos os problemas
do campo com mais rapidez", disse o secretário estadual da Reforma Agrária,
Antônio Marangon.
Segundo ele, a Farsul (Federação da Agricultura do
Rio Grande do Sul), questionou no Judiciário as ações
do governo, como as desapropriações, o que teria prejudicado o número de famílias atendidas. Em setembro,
liminar impediu desapropriações feitas no governo
Olívio. A Farsul alega que
defendeu seus associados.
"Sempre que se tem uma
meta, queremos 100%, mas,
mesmo não atingindo as 10
mil famílias, fizemos um trabalho de vanguarda", disse
Marangon.
De acordo com o governo
do Acre, o processo de reforma agrária no Estado vem
sendo executado basicamente pelo Incra, que se responsabiliza desde a arrecadação das terras até a liberação dos créditos aos assentados.
(EDS, FM E LG)
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