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Hartung diz que havia "promiscuidade"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM VITÓRIA
Depois de uma eleição em que o
debate foi dominado pelo combate ao crime organizado e pelo resgate da auto-estima da população
do Estado, desgastada por sucessivos escândalos, o governador do
Espírito Santo, Paulo Hartung
(PSB), 45, disse à Folha que assumiu um Estado "fora da lei".
"Dava a impressão de um Estado nacional independente para
fazer corrupção, desviar dinheiro
público e traficar interesses", afirmou. Abaixo, a entrevista.
Agência Folha - Qual foi a situação encontrada no Espírito Santo?
Paulo Hartung - Um Estado fora
da lei. Existia uma sociedade entre
o Executivo e o Legislativo para
criar todo o tipo de privilégio, ignorando a Constituição Federal.
Dava a impressão de um Estado
nacional independente para fazer
corrupção, desviar dinheiro público e traficar interesses.
Agência Folha - A Assembléia era
como um governo paralelo?
Hartung - O Executivo e o Legislativo eram parceiros na mesma
jornada. Em alguns momentos,
eles se confrontaram, mas com
um ajuste de posição entre eles.
Agência Folha - De que forma?
Hartung - Era um padrão de relacionamento do tipo você me
protege, não me fiscaliza, não vota o impeachment, mas eu deixo
você invadir as competências, o
Poder que eu represento. A relação antecede o governo José Ignácio e foi se aprofundando até chegar a essa promiscuidade.
(FK)
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