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São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 2003

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Hartung diz que havia "promiscuidade"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM VITÓRIA

Depois de uma eleição em que o debate foi dominado pelo combate ao crime organizado e pelo resgate da auto-estima da população do Estado, desgastada por sucessivos escândalos, o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PSB), 45, disse à Folha que assumiu um Estado "fora da lei".
"Dava a impressão de um Estado nacional independente para fazer corrupção, desviar dinheiro público e traficar interesses", afirmou. Abaixo, a entrevista.
 

Agência Folha - Qual foi a situação encontrada no Espírito Santo?
Paulo Hartung -
Um Estado fora da lei. Existia uma sociedade entre o Executivo e o Legislativo para criar todo o tipo de privilégio, ignorando a Constituição Federal.
Dava a impressão de um Estado nacional independente para fazer corrupção, desviar dinheiro público e traficar interesses.

Agência Folha - A Assembléia era como um governo paralelo?
Hartung -
O Executivo e o Legislativo eram parceiros na mesma jornada. Em alguns momentos, eles se confrontaram, mas com um ajuste de posição entre eles.

Agência Folha - De que forma?
Hartung -
Era um padrão de relacionamento do tipo você me protege, não me fiscaliza, não vota o impeachment, mas eu deixo você invadir as competências, o Poder que eu represento. A relação antecede o governo José Ignácio e foi se aprofundando até chegar a essa promiscuidade. (FK)


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