São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2008 |
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REPERCUSSÃO LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, presidente da República: "Recebi com surpresa e pesar a notícia do falecimento de dona Ruth Cardoso. É difícil acreditar que a intelectual determinada que conheci muitas décadas atrás, com convicções firmes, gestos nobres e ao mesmo tempo sensibilidade para o drama da desigualdade social, tenha nos deixado. É uma grande perda para o país. Tenho certeza de que será sempre lembrada pelas sementes que plantou em sua brilhante carreira, por iniciativas como o programa Comunidade Solidária entre tantas outras. Em meu nome e de Marisa, peço que Deus lhe dê a eterna felicidade e conforte o coração do amigo Fernando Henrique, seus filhos e netos". JOSÉ SERRA, governador de São Paulo: "A Ruth era uma pessoa muito especial, para sua família, para seus amigos, para nosso país. Um exemplo de dignidade, delicadeza, inteligência e carinho pelas pessoas. É uma dor imensa a que sinto nesse momento. Nossa, como vai fazer falta." ELZA BERQUÓ, demógrafa e pesquisadora do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) "É muito triste. A Ruth estava cheia de vida, era uma pessoa extraordinária, deixou muitas realizações. O Cebrap e os amigos dela estão de luto". ROBERTO SCHWARZ, crítico literário "Ruth era muito equilibrada, boa amiga e boa conselheira, além de estudiosa. Quando se viu no papel de primeira-dama, que não é fácil, ela soube aproveitar as qualidades dela para compor uma figura pública estimada por todos". EUNICE DURHAM, antropóloga e professora da USP: "Quero destacar a lucidez intelectual da Ruth. Além de ser uma grande amiga, era uma pessoa culta, tinha visão crítica aguçada, foi uma grande professora. O Brasil perde uma figura grandiosa e uma primeira-dama exemplar. Ela não gostava de ser chamada de primeira-dama, nunca admitiu. Preferia dona Ruth, porque achava muito antiquado "primeira-dama". Ela era uma pessoa brilhante". PAUL SINGER, economista e professor universitário: "Estou chocadíssimo. Posso dizer que é uma das mais graves perdas para o país". EVA BLAY, socióloga e professora da USP: "É uma perda para o país. Ela foi uma excelente professora de antropologia, uma batalhadora, uma inovadora. Criou na USP o núcleo de estudos da mulher e relações sociais de gênero. Esteve sempre preocupada com a questão da emancipação das mulheres, de uma paz que envolvesse as mulheres". GILMAR MENDES , presidente do Supremo Tribunal Federal: "A vida plenamente atuante e produtiva de dona Ruth Cardoso relega a segundo plano o título de primeira-dama. O Brasil presta homenagem, sim, à antropóloga, mestra, ativista social, cidadã de primeira hora, que nunca desistiu da luta pelo bem-estar dos brasileiros, sobretudo dos necessitados". REGINA MEYER, urbanista e professora da FAU-USP: "É uma grande perda. Éramos muito amigas. Vou sentir muita saudade da companhia dela, das opiniões dela -eu adorava escutá-las". GERALDO ALCKMIN, ex-governador de São Paulo (PSDB): "Foi uma grande companheira de partido, de posições progressistas, que nos inspirava. Deixa-nos bons exemplos, tanto na vida acadêmica quanto na vida pública". MARTA SUPLICY, ex-ministra e ex-prefeita de São Paulo (PT): "Ruth pertenceu a uma geração de mulheres que desde cedo perceberam que o papel da mulher na sociedade deveria ir além do de dona-de-casa". GILBERTO KASSAB, prefeito de São Paulo (DEM) "Dona Ruth significou sempre um exemplo da mulher contemporânea, capaz de conciliar uma intensa atividade pública, como intelectual, a uma vida familiar que era um exemplo de austeridade e retidão". LEÔNCIO MARTINS RODRIGUES, cientista político "Foi uma primeira-dama extraordinária. Pesquisadora, excelente professora, deu um apoio muito grande durante a vida ao Fernando Henrique". LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO, historiador e professor da Universidade de Paris: "Ruth foi pessoa estimada por todos. Ela era atenta às idéias dos colegas, bem-humorada nas horas boas e solidária nas horas difíceis". JOSÉ GREGORI, ex-ministro: "A obra dele [FHC] tem muito da lucidez, da inteligência e do patriotismo dela. O Brasil perdeu uma grande senhora, para mim a primeira-dama mais importante, sobretudo porque apareceu menos". TASSO JEREISSATI, senador e ex-presidente do PSDB: "Dona Ruth era, para todos nós, a grande referência moral e intelectual. Talvez o único consenso do partido". Texto Anterior: Antropóloga estudou condição feminina e se projetou com Comunidade Solidária Próximo Texto: Eleições 2008 / Justiça Eleitoral: Folha não fez propaganda, diz procurador Índice |
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