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OUTRO LADO
Executivo nega ilegalidades
DA FOLHA RIBEIRÃO
DO ENVIADO ESPECIAL A RIBEIRÃO
Rogério Buratti diz, em carta enviada à Folha ontem, que não
atua em cargos públicos desde
1998 e que todas as suas atividades
profissionais foram realizadas legalmente. O executivo nega ter
"relações privilegiadas" com
qualquer esfera de governo e diz
que as investigações do Ministério Público "não comprovam sequer um ato meu que represente e
prove tráfico de influência".
Na sexta-feira, o advogado do
executivo, Roberto Telhada, também disse que nenhuma irregularidade foi apontada pelas investigações. "Até agora todas as investigações não levaram a nada".
Desde a primeira vez que o nome de Buratti foi relacionado ao
caso Waldomiro Diniz, em março, a Folha pede uma entrevista
para que ele se posicione sobre as
denúncias. Ele nunca aceitou falar
com a reportagem -também
não deu nenhuma entrevista a
outros órgãos de imprensa, com
exceção de um programa de rádio
de Ribeirão Preto, em março.
Como na nota em que divulgou
à época, Buratti diz na carta que
atuou na Leão Leão, de 1999 a
abril de 2004. "Neste período não
intermediei contratos, como querem dizer". Ele diz que "todo funcionário de qualquer empresa do
mundo tem a obrigação de, dentro da lei, buscar o crescimento da
empresa, e é isso que [eu] fazia".
Ele diz que, no período em que
trabalhou na Leão Leão, ganhava
cerca de R$ 550 mil anuais, renda,
segundo Buratti, que "possibilitou a constituição legal do meu
patrimônio privado que é hoje vilipendiado publicamente como
sendo fruto de ações ilegais".
Em outra nota, Buratti fez comentários sobre o caso Waldomiro Diniz. "Conforme já esclareci
inúmeras vezes, não conheço,
nem tive qualquer contato com o
sr. Waldomiro Diniz. Portanto, é
óbvio que não fui indicado por ele
para a reunião na GTech." Diz
ainda a nota: "Reafirmo que fui
consultado pela empresa, por indicação do advogado da GTech,
Enrico Gianelli. Porém, não aceitei o serviço".
A Folha voltou a pedir uma entrevista com Buratti na semana
passada. Telhada disse que Buratti estava em viagem para outro
Estado.
A assessoria de comunicação da
empresa Leão Leão confirmou, na
última sexta-feira, ter enviado o
ofício ao Ministério Público em 10
de maio, para esclarecer os promotores. A empresa informou
que entrou no Refis, o programa
de refinanciamento de dívidas do
governo federal, em junho de
2000, no governo de Fernando
Henrique Cardoso. Não informou o valor, prazos e condições
do refinanciamento e se, durante
o governo Lula, houve uma nova
negociação. De acordo com a empresa, a função de Buratti junto a
governos e órgãos públicos começou no ano 2000.
(RP e RV)
Colabourou a Reportagem Local
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