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Sócios saem, e família controla empresas
DA REPORTAGEM LOCAL
Ex-vereador e ex-prefeito de
Campinas, ex-deputado estadual,
ex-senador, ex-vice-governador e
ex-governador paulista, Orestes
Quércia montou um império com
negócios nas áreas de comunicações (jornais, rádio e televisão),
agricultura, mercado imobiliário,
construção, loteamentos e comércio de veículos.
A partir de alterações societárias, e com a retirada de alguns sócios nos últimos anos, as empresas do candidato a senador estão
registradas na Junta Comercial no
nome de Quércia e de parentes.
Quércia é o principal acionista e
diretor-presidente da Sol Invest
Administração e Participações, da
qual também são sócios o seu pai,
Octávio Quércia, 92, a sua mulher,
Alaíde, e a irmã, Maria Alice.
Quércia e seu pai são sócios na
Editora Jornal de Hoje. Juntos
com Alaíde são sócios na Empresa Jornalística e Editora Regional.
Em 1996, retiraram-se da Televisão Princesa D'Oeste de Campinas os sócios Paulo Machado de
Carvalho Filho, José Blotta Júnior
e Natal Gale. Em 2000, também
deixaram a sociedade Orlando e
Almira Negrão. Os atuais titulares
são Quércia e Alaíde.
Quércia (representando a Sol
Invest) e sua mulher controlam a
Diário Comercial e Publicidade
Ltda. (ex-Diário Popular Comercial e Publicidade Ltda., é a empresa que edita em São Paulo o
jornal de economia "DCI -Comércio, Indústria e Serviços").
O casal também detém o capital
da editora Panorama Brasil, o da
Rede Central de Comunicação e o
da RCC Vídeo Produtora Ltda.,
além da TV do Povo, com sede
em São Vicente (SP).
Em 2000, retiraram-se da TV do
Povo os sócios Edson Higo do
Prado e o publicitário Chico Santa
Rita, que durante muitos anos foi
responsável por campanhas de televisão de Quércia. Ele rompeu
com o ex-governador em 1997.
Na rádio Nova Brasil figuram
como sócios Quércia e as filhas
Andréia (15) e Cristiane (16).
Negociante precoce
Nascido em Igaçaba, distrito de
Pedregulho (SP), em 1938, Quércia era vendedor de melancias aos
nove anos.
Aos 14, comprava bicicletas usadas para reformar e vender. Aos
18, tinha uma mercearia, em
Campinas.
Ainda na juventude, foi dono de
uma fábrica de fubá e de uma pequena indústria de compotas de
mangas.
Mais tarde, compraria um consórcio de veículos. Com o dinheiro, adquiriu uma fazenda em Pedregulho.
Sua fortuna cresceria ao comprar a primeira imobiliária e investir na venda de loteamentos.
Segundo adversários, Quércia
comprou terrenos em áreas da
periferia que seriam valorizadas,
depois, por projetos urbanos da
prefeitura administrada por ele.
Quércia nega essa versão.
(FV)
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