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Agência pretende sacar mais com cartão corporativo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de ter a prestação
de contas colocada sob suspeita pelo Tribunal de Contas da União e pelo governo
federal, a Abin criou novas
regras para gastar e justificar
as próprias despesas.
Pendente apenas de aprovação do GSI (Gabinete de
Segurança Institucional), a
norma administrativa 01/
2008 cria formulários para
prestar contas e estabelece
novos valores de saques e
prazos para aplicar os recursos dos cartões corporativos.
Mas o sigilo do conteúdo dos
relatórios continua.
Antes restritos a R$ 5.000,
a Abin pretende ampliar para R$ 40 mil o limite dos saques dos cartões. Esse montante pode ser ainda maior
desde que justificado. Os
prazos para gastar o dinheiro
também foram redefinidos
pela agência. Antes da autorização da retirada do dinheiro, os agentes terão de
informar se vão aplicá-los
em 30, 60 ou 90 dias.
Por meio de portaria, a
Abin quer ainda criar formulários próprios, timbrados,
para os agentes detalharem
os gastos e colarem as notas
fiscais. São ao menos seis
modelos, nos quais o agente
vai informar os números do
relatório e da operação. O
conteúdo, porém, só será revelado por determinação judicial, explica Wilson Trezza,
secretário de Planejamento e
Orçamento da Abin.
Outro pedido recorrente
de quem fiscaliza as contas
da agência é o nome dos informantes que recebem dinheiro em troca de informação. A Abin conta com fontes
humanas regulares, pagas
mensalmente, e colaboradores eventuais. Por ano, os informantes da Abin ganham
cerca de R$ 1 milhão. Os nomes dessas pessoas continuarão mantidos sob sigilo.
O documento assinado pelo diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, com as novas regras foi enviado para aprovação do GSI no início de julho.
Ainda não obteve resposta.
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