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Auditores vêem indícios de uma fraude contábil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em documento oficial, os auditores da Receita dizem ter encontrado "indício de fraude
contábil e fiscal, mediante conluio entre os sócios".
O documento da Receita é
chamado de "Relatório de Diligência Fiscal". Foi produzido
em 8 de setembro de 2003 e remetido ao Ministério Público e
à Justiça Federal. Lendo-o descobre-se o que a Receita depreendeu dos papéis.
1) o "afastamento" de EJ dos
negócios "tratou-se de uma simulação";
2) a "distribuição desproporcional" de lucros de R$ 903,7
mil visou "regularizar, mediante simulação, a variação patrimonial a descoberto que teria
pela reforma do apartamento
de sua propriedade";
3) "há indício de fraude contábil e fiscal, mediante conluio
entre os sócios" do Meta;
4) a criação da firma Alleanza
visou "esvaziar as receitas do
Grupo Meta", sob diligência
fiscal, "transferindo receitas
para empresa na qual EJ não
aparecia como sócio;
5) EJ tem participação efetiva
na firma VML. Ao aventar a hipótese de formalizar tal participação mediante contrato de
gaveta, tenta evitar o "risco" de
submeter o negócio ao "conhecimento dos órgãos de fiscalização".
Em entrevista à Folha, EJ rebateu, uma a uma, todas as suspeitas. A
reportagem submeteu os documentos apreendidos à análise
de dois dois auditores do Fisco
que não estão envolvidos nas
apurações.
Ambos disseram que, a despeito da natureza pouco ortodoxa dos negócios de EJ, a imposição de infrações fiscais ao
ex-secretário de FHC depende
do surgimento de fatos novos.
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