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OUTRO LADO
"Não há motivo para apelação", afirma o Incra
DA AGÊNCIA FOLHA
DO PAINEL
O superintendente da direção
nacional do Incra (Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Brasília,
Marcelo Afonso Silva, disse que
o governo federal não cometeria "a apelação" de contabilizar
como assentados trabalhadores rurais que haviam morrido
anos antes.
"Não há motivo para essa
apelação, de estar considerando morto para compor número. Isso seria uma apelação ridícula", declarou Afonso Silva,
que, no entanto, pediu mais
tempo para que fosse dada
uma resposta definitiva a respeito de quatro "assentados"
mortos listados pela Folha.
O superintendente foi designado pelo presidente do órgão,
Sebastião Azevedo, para falar
sobre o assunto.
O jornal encaminhou as
questões para o ministério na
última quarta-feira, informando o órgão a respeito do prazo
para as respostas. Às 22h30 de
anteontem o assunto chegou às
mãos de Afonso Silva. Horas
antes, o ministério enviara cópias das fichas dos quatro assentados -três das quais confirmando que eles estavam
mortos antes de 1999.
O superintendente exaltou o
programa de reforma agrária,
afirmando que é formado de
"20 milhões de hectares". Segundo ele, o governo está melhorando sua capacidade de
acompanhar a realidade do
campo, que seria "dinâmica".
"Todo balanço é oriundo de
registro. Ele pode não estar no
tempo real da situação de campo. Se a família foi contada como assentada é porque ela não
estava no sistema", declarou.
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