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São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2003

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Grupo especial pode ser criado para o setor

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo federal planeja criar um grupo especial para combater o crime organizado. O plano foi iniciado pelo ex-secretário nacional de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares, mas, na sexta-feira, havia funcionários do Ministério da Justiça trabalhando numa nova versão da proposta.
Soares diz que concebeu o que chama de uma "força especial" porque o crime organizado tomou "vários segmentos" das estruturas policiais. O fato de a Superintendência da Polícia Federal de São Paulo não ter sido informada da Operação Anaconda tornou público o nível de corrupção do órgão no Estado, segundo ele.
"Propus a formação de uma força especial porque a PF está imersa em corrupção", diz.
Soares descartou, de partida, a criação de uma nova polícia porque isso demoraria cinco anos, no mínimo, entre contratação, treinamento e início das ações. Ele concebeu uma espécie de "seleção nacional da polícia", formada pelos melhores quadros das polícias Civil e Militar de cada Estado.
Policiais federais poderiam participar desde que passassem pela seleção.
Os salários oscilariam entre R$ 7.000 e R$ 10 mil. Todos continuariam com seus ganhos nos Estados e passariam por um processo de formação.
A "força especial", no plano feito por Soares, consumiria R$ 100 milhões no primeiro ano.
A Folha tentou na noite da última sexta-feira entrevistar o ministro da Justiça e o diretor-geral da PF sobre a nova força, mas não conseguiu encontrá-los. Um assessor do ministro informou que o combate à corrupção na PF é uma das prioridades da atual gestão e que mais de 200 policiais já foram afastados em dez meses.



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