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Grupo especial
pode ser criado
para o setor
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo federal planeja
criar um grupo especial para
combater o crime organizado.
O plano foi iniciado pelo ex-secretário nacional de Segurança
Pública Luiz Eduardo Soares,
mas, na sexta-feira, havia funcionários do Ministério da Justiça trabalhando numa nova
versão da proposta.
Soares diz que concebeu o
que chama de uma "força especial" porque o crime organizado tomou "vários segmentos"
das estruturas policiais. O fato
de a Superintendência da Polícia Federal de São Paulo não ter
sido informada da Operação
Anaconda tornou público o nível de corrupção do órgão no
Estado, segundo ele.
"Propus a formação de uma
força especial porque a PF está
imersa em corrupção", diz.
Soares descartou, de partida,
a criação de uma nova polícia
porque isso demoraria cinco
anos, no mínimo, entre contratação, treinamento e início das
ações. Ele concebeu uma espécie de "seleção nacional da polícia", formada pelos melhores
quadros das polícias Civil e Militar de cada Estado.
Policiais federais poderiam
participar desde que passassem pela seleção.
Os salários oscilariam entre
R$ 7.000 e R$ 10 mil. Todos
continuariam com seus ganhos
nos Estados e passariam por
um processo de formação.
A "força especial", no plano
feito por Soares, consumiria R$
100 milhões no primeiro ano.
A Folha tentou na noite da
última sexta-feira entrevistar o
ministro da Justiça e o diretor-geral da PF sobre a nova força,
mas não conseguiu encontrá-los. Um assessor do ministro
informou que o combate à corrupção na PF é uma das prioridades da atual gestão e que
mais de 200 policiais já foram
afastados em dez meses.
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