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João Paulo já quis proibir
o nepotismo
DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Subscrita na época pelo atual
presidente da Câmara, João Paulo
Cunha (PT-SP), e outros 170 parlamentares, uma PEC (Proposta
de Emenda à Constituição) que
colocaria fim ao nepotismo em
órgãos públicos está parada desde
1996 na Câmara.
Nas justificativas da proposta,
de iniciativa do ex-deputado Aldo
Arantes (PC do B), estão "a observância aos princípios da moralidade e da impessoalidade em relação aos cargos públicos" e o
cansaço da sociedade por "assistir
a escândalos envolvendo o preenchimento inescrupuloso de cargos públicos". Caso a PEC venha a
ser desengavetada e aprovada pelos deputados, nenhuma autoridade pública nos três Poderes poderá empregar em cargos comissionados, sem concurso público,
"seus maridos ou mulheres, companheiro ou parente por consanguinidade, adoção ou afinidade,
até o segundo grau".
Entre os parlamentares que
apoiaram a proposta da PEC estão alguns que, agora, têm parentes empregados em CNEs da Câmara dos Deputados. São os casos
de Raimundo Santos (PL-PA),
que tem duas filhas nomeadas, e
de Roberto Balestra (PP-GO), que
tem a irmã na Casa.
Então deputados, o secretário
especial da Pesca, José Fritsch
(PT-SC), e o senador Paulo Paim
(PT-RS) também assinaram a
PEC. A mulher de Fritsch é CNE
na liderança do PT e o filho de
Paim foi lotado na presidência da
Casa entre março e agosto, quando pediu exoneração do cargo.
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