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Projeto e estocagem adequada ajudam a combater o desperdício
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O desperdício de material na
construção ainda é grande, mas
há uma tendência de redução, segundo o professor da Poli-USP
Poli-USP (Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo) Ubiraci Espinelli Lemes de Souza, 42.
Ele coordena uma pesquisa
sobre o assunto há quatro anos e
faz avaliações contínuas. Em 1999,
a perda -o que se gasta a mais
que o necessário- estava entre
20% e 25%. Hoje, algumas construtoras já diminuíram para 10%.
"Se considerarmos as perdas do
pequeno construtor, os números
são maiores, pois há pouca política de gestão nessas obras", conta.
Para quem quer gastar só o necessário, o professor dá a sua receita: projetar, não comprar o
material só pelo preço, determinar a quantidade antes de começar a obra, reservar local coberto e
longe de umidade para guardar os
materiais, entre outras dicas.
Terra e lixo
O arquiteto Bruno Padovano,
51, presidente do Idea (Instituto
para o Desenho Avançado), diz
que o controle do desperdício depende do sistema construtivo. A
maioria das pequenas obras é feita de forma convencional, com
material produzido no canteiro.
"Quanto mais produção em
obra, maior o desperdício. O ideal
é que as construções partam mais
para os pré-fabricados, para as
edificações rápidas e secas, como
já se faz em boa parte da Europa."
A boa gestão também pode colaborar para que o material seja
utilizado de forma correta. É o
que afirma o arquiteto Walter
Maffei, 60, especialista em gerenciamento de obras.
O engenheiro civil Sarkis Nabi
Curi, 45, da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção),
diz que os altos números de desperdício não refletem necessariamente a realidade, "pois junto há
embalagens, terra e lixo".
(AM)
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