|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MÃO-DE-OBRA
Para esticar a vida dos materiais, cliente deve procurar profissionais treinados por empresas e instituições
Mantenha distância do faz-tudo
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Pouco adiantam o esmero e a
atenção na hora de comprar tubos, conexões, cabos ou disjuntores se a mão-de-obra contratada
para instalá-los errar a mão.
"Na maioria dos casos que visitamos, o problema decorre da
instalação equivocada", conta
Victor Bombana, 39, representante da American Leak no Brasil,
empresa que detecta vazamentos.
Segundo especialistas, é preciso
evitar profissionais que fazem de
tudo, o famoso quebra-galho,
pois provavelmente eles não conhecem as redes a fundo, e os prejuízos de um serviço malfeito podem sobrar até para os vizinhos.
Foi o que aconteceu no prédio
onde mora a arquiteta Flávia
Ralston. Para resolver um vazamento em um dos apartamentos,
foi chamado o faz-tudo do prédio,
que remendou a tubulação. "Dias
depois, o sistema estourou novamente com mais força."
Gambiarra
Uma prática comum da mão-de-obra não especializada é esquentar os tubos para encaixá-los
no sistema. "Esse processo é conhecido por "maria-mole" e compromete o material, pois o PVC fica fragilizado naquele ponto", ensina o engenheiro Hesley Tomazetti, 43, da Hidráulica Tomazetti.
Outro erro de instalação é a falta
de cuidado na interação entre os
materiais de água fria e de água
quente. "Na combinação entre
cobre e PVC é preciso ter cuidado
com a solda do cobre, para que o
processo não afete o outro tubo",
alerta o engenheiro Geraldo Casagrandi Mansoldo, 43.
Na rede elétrica, o maior problema acontece no subdimensionamento do sistema. Para o engenheiro Paulo Rewald, 48, diretor
de instalações elétricas e hidráulicas do Secovi-SP, "a fiação insuficiente pode gerar incêndio".
Caça
Para aumentar a chance de acerto na escolha do profissional, é
preciso seguir algumas dicas. As
grandes empresas e organizações
do ramo geralmente dão treinamento a autônomos. Algumas
ainda firmam convênios com escolas especializadas, como fizeram o Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre) e a Amanco
(Akros e Fortilit) com o Senai
(Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
No caso do Procobre, as aulas
formam eletricistas, que podem
ser encontrados no site da instituição: www.procobrebrasil.org.
Já no convênio feito com a
Amanco, o Senai vai treinar profissionais para hidráulica. "Vamos colocar a lista no site, mas
por enquanto é preciso procurar
nas lojas", diz diretor comercial
da empresa André Fauth, 38.
A Tigre também oferece os profissionais. "Os cursos são direcionados ao instalador, ao balconista
e ao gestor", conta Beto do Valle,
33, gerente da Universidade Tigre.
Para encontrar o encanador que
está qualificado é preciso checar
nos revendedores.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de
São Paulo) também dá indicações, só que para limpeza de caixa-d'água. A lista pode ser consultada no site www.sabesp.com.br.
Apesar do esforço das empresas
e das organizações no treinamento de autônomos, há quem indique ao consumidor que procure
empresas especializadas.
"Existem bons profissionais,
mas nesses sistemas há engenharia, e será que eles sabem calcular
a bitola adequada?", questiona José Jorge Chaguri, 51, diretor da
Sindistalação (Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas,
Gás, Hidráulica e Sanitárias do
Estado de São Paulo ).
Quem quiser conferir pode encontrar algumas empresas relacionadas no site do sindicato,
www.sindinstalacao.com.br.
O órgão também bolou uma
certificação de qualidade para
empresas de instalação do sistema de gás, que também podem
ser encontradas no portal.
Texto Anterior: Rede elétrica: Inexperiência provoca choques e curtos Próximo Texto: Tubulação à mostra exige planejamento Índice
|