|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Criança de 1 ano recebe implante
DA EQUIPE DE TRAINEES
O desenvolvimento de aparelhos de audição menores e mais
precisos, a ampliação do público-alvo dessas próteses e os implantes cocleares em crianças a partir
de um ano são as mais recentes
conquistas no tratamento da surdez no Brasil.
O Hospital das Clínicas e o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP, o Centrinho, têm obtido bons resultados com os implantes cocleares.
No Centrinho, localizado em
Bauru (SP), de cada 10 pessoas
que fazem a cirurgia, 7 conseguem voltar a falar ao telefone. O
hospital foi responsável por 60%
dos implantes realizados pelo
SUS em 2002.
Os especialistas ressaltam que
esse tipo de cirurgia é indicado
apenas para quem tem surdez
profunda.
Desde o ano passado, o Centrinho faz o implante coclear em
crianças a partir de um ano. "Os
melhores resultados desse tratamento ocorrem em crianças de
até três anos, que aprendem a falar normalmente e têm o tempo
de tratamento reduzido", diz Maria Cecília Bevilacqua, coordenadora do programa de implante.
Até abril, o hospital havia operado 12 crianças de até dois anos.
Segundo Bevilacqua, a redução da
faixa etária para fins de implante
ocorreu graças à evolução dos
diagnósticos e da tecnologia dos
aparelhos.
Em 1990, o Centrinho se tornou
o primeiro hospital do SUS a fazer
um implante coclear de alta tecnologia, usando um aparelho auditivo multicanal que permitia o
reconhecimento de voz, algo inovador na época. Até então, os
equipamentos possibilitavam
apenas escutar ruídos, como os
produzidos por uma buzina.
As próteses usadas atualmente
são ainda mais finas, gastam menos bateria e permitem que o fonoaudiólogo tenha mais possibilidades de ajustar o aparelho de
audição de acordo com as necessidades.
(MARCOS CÔRTES)
Texto Anterior: "O que é bom dura pouco": Bons hábitos ajudam a conservar os sentidos Próximo Texto: Aparelho da Embrapa é o melhor Índice
|