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Pedágio pode sofrer aumento
DA REPORTAGEM LOCAL
A segunda pista da Imigrantes
foi bandeira de campanha da gestão Mário Covas/Geraldo Alckmin (PSDB), embora tenha sido
feita pela Ecovias. A empresa teve
que construí-la -gastou US$ 300
milhões- após obter a concessão
do sistema Anchieta-Imigrantes,
em 1998, e adiantou em seis meses
a entrega, prevista para 2003.
Conforme ressaltou Alckmin
durante a última disputa eleitoral,
não será erguida mais nenhuma
praça de pedágio por causa da
abertura dos 21 km de estrada.
Haverá, porém, uma revisão das
tarifas da Ecovias, que ainda não
foi anunciada oficialmente por
ele, mas que poderá encarecer a
viagem de muitos usuários.
O contrato da concessionária
prevê mudanças nas tarifas dos
pedágios, até porque aumentará a
malha sob administração dela.
Os valores estão sendo calculados pela Artesp (agência estadual
que regula as concessões), mas as
projeções feitas há quatro anos,
que constam do contrato obtido
pela Folha, indicavam que a alta
podia alcançar 48% -na época,
de R$ 4,20 para R$ 6,20- em postos da Anchieta e da Imigrantes.
Como contrapartida, haveria
uma redução -de R$ 4,20 para
R$ 2,80 e R$ 1,60- nos pedágios
das rodovias Padre Manoel da
Nóbrega e Piaçaguera-Guarujá,
respectivamente, utilizadas por
quem se desloca entre os municípios do litoral sul paulista.
Os valores, hoje, são diferentes,
e a tarifa nessas praças já atinge
R$ 6,60. A viagem ficaria mais cara para os motoristas que só pagam pedágio na ida -por exemplo, os que saem de São Paulo e se
dirigem a Cubatão e Santos.
A assessoria da Artesp informou que os novos preços serão
definidos antes da inauguração.
Caberá a Alckmin, entretanto,
avalizar a decisão -e não é descartada a hipótese de ele dar subsídios para abdicar do aumento.
Enquanto a Ecovias adiantou
em quase seis meses a entrega da
segunda pista, houve atraso nas
obras complementares, que ficaram a cargo do governo.
A duplicação da Imigrantes do
km 59 ao km 62 era a principal. O
Estado não fez a obra, mas, neste
ano, sem tempo para fazer licitação, repassou-a para a concessionária, que recebeu R$ 42 milhões
e irá terminá-la neste mês -essa
era uma possibilidade contratual.
Há obras complementares, porém, que ainda não saíram do papel. Estimadas em R$ 104 milhões, elas incluem, por exemplo,
a duplicação da Imigrantes do km
62 ao km 67,7, com viadutos para
a retirada de semáforos.
O superintendente do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Pedro Ricardo Blassioli,
afirma que elas não foram feitas
por falta de dinheiro, mas que os
projetos estão prontos. "Tecnicamente, não haverá muito prejuízo
ao trânsito agora." A Ecovias concorda com essa avaliação, mas
ressalta que elas serão necessárias
para os próximos anos.
(AI)
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