DA REPORTAGEM LOCAL

Quase 27 anos após a abertura da primeira pista da Imigrantes, os 21 km da segunda pista vão aumentar em 65% a capacidade do sistema: de 8.500 veículos/hora, ele passa a suportar 14 mil/hora.
A ampliação do potencial vai reduzir a duração da viagem e os congestionamentos, mas não vai acabar de vez com a lentidão da viagem por causa dos "gargalos" na capital e no litoral paulista.
"Vai existir engarrafamento? Vai. O gargalo da serra será aberto. Mas existem gargalos antes e depois", diz Hamilton Amadeo, diretor de operações da Ecovias.
A média de engarrafamentos, que hoje varia de 200 a 300 horas anuais, cairá para até 30 horas -concentradas no Réveillon e no Carnaval. Uma viagem ao litoral em períodos críticos, que demorou até cinco horas nos últimos feriados, não deve passar de duas.
O pico de veículos para a temporada 2002/03 será no dia 31, quando são esperados 180 mil no sistema Anchieta-Imigrantes -sendo 10.500 das 15h às 16h. A quantidade supera em 20% a do atual recorde de descida: 149 mil em um dia do Carnaval de 2001.
Do Natal ao Réveillon, a Ecovias projeta um fluxo de até 1,2 milhão de veículos em direção à Baixada Santista -20% da frota paulistana. O recorde, desde que as estradas foram concedidas à iniciativa privada, é de 924 mil, em 1998.

Próxima década
A expectativa da concessionária é que, entre 2009 e 2011, os congestionamentos voltarão à situação atual nos picos. Há projetos para a construção de uma terceira pista da Imigrantes, mas que ainda não é discutida no governo.
O principal problema de lentidão, na avaliação da Ecovias, será na rodovia Padre Manoel da Nóbrega, do km 274 ao km 320.
A necessidade de duplicação do trecho só foi identificada após a concessão -não havia previsão de obras sob responsabilidade do Estado nem da Ecovias. As duas partes acertaram a realização de uma terceira faixa reversível do km 274 ao km 280 para ampliar a capacidade da via de 4.300 para 5.000 veículos/hora. A concessionária, porém, defende a construção de mais uma pista, que permitiria um fluxo de 7.000/hora.
Em São Paulo, a preocupação é com os gargalos da volta, no acesso da Imigrantes ao viaduto Aliomar Baleeiro e à av. Abraão de Moraes. O superintendente de operações da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Eduardo Macabeli, já encomendou um estudo para as mudanças em semáforos. (ALENCAR IZIDORO)


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