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Procura aumenta no fim do ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Adriana Vilarinho, 34, é uma
pioneira do botox em São Paulo.
Em dois sentidos: foi uma das primeiras a aplicar o produto em outra pessoa e uma das primeiras
pacientes a recebê-lo na própria
face, há 11 anos.
Hoje, em sua clínica de São Paulo, onde são feitas, segundo diz,
cerca de 500 aplicações por mês,
ela mesma atende a quatro ou cinco pacientes todos os dias. "E
quem faz uma vez quer fazer sempre", afirma.
Segundo Vilarinho, que acompanha o desenvolvimento do produto desde os anos 80, quando a
aplicação cosmética foi descoberta por um casal de médicos canadenses, a procura explodiu recentemente. "E com as festas de fim
de ano chegando, aumenta ainda
mais. As pessoas também aproveitam o 13º salário para melhorar
a aparência."
Para ela, tem crescido significativamente o número de homens
que buscam o tratamento.
Mas há ainda outros fatores responsáveis pelo aumento do consumo do botox: "O procedimento
é muito fácil, seguro e com dor
mínima. E também cresceu muito
o número de executivos, dos dois
sexos, que buscam melhorar a
aparência com objetivos profissionais. São pessoas de meia-idade que usam o visual como instrumento de trabalho."
Essa opinião é corroborada pelo
empresário Silvio Ferreira, 42,
proprietário de uma rede de óticas na região de Campinas, interior de São Paulo. De duas a três
vezes por ano ele aplica botox na
testa, em torno dos olhos.
Ferreira acredita que, como trabalha com estética, a melhoria de
sua aparência é importante para
os negócios. "As pessoas notam,
comentam que a expressão está
melhor, ou seja, causa algum impacto junto ao público. E é claro
que isso melhora muito a auto-estima", afirma.
Auto-estima e felicidade também são argumentos apresentados pela paulistana Estela da Mota Carvalho, dona-de-casa, "com
muito orgulho", e 58 anos de idade -"mas dizem que aparento
dez a menos".
Ela afirma que nunca fez plástica e que não tem medo de envelhecer, embora já tenha feito cinco aplicações de botox. "Mas isso
é um componente de felicidade,
porque mexe com algo dentro da
gente. Eu não quero ficar toda esticada, mas também quero evitar
aquela imagem da velhinha fazendo tricô. Nada contra o tricô."
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