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"Advogado especializado" iniciou suspeita
DA REPORTAGEM LOCAL
As investigações que culminaram com a prisão de nove acusados ontem teve início há nove meses e contou
com escutas telefônicas.
Segundo o delegado Alexandre Zakir, um mês antes,
a Secretaria da Saúde suspeitou que havia fraudes nos pedidos judiciais de medicamentos não fornecidos pelo
SUS. Os primeiros pedidos
judiciais datam de 2003.
A pasta analisou a natureza e o fluxo de ações judiciais,
de acordo com seus municípios de origem, e os comparando à quantidade de casos
com parâmetros da OMS
(Organização Mundial da
Saúde). Assim, a polícia descobriu que alguns poucos advogados eram os responsáveis pela prescrição da maior
parte dos pedidos judiciais.
"O fato de ter advogados
especializados, não em uma
determinada área de Direito,
mas em um determinado
medicamento é algo que levanta suspeita", disse.
O passo seguinte da polícia
foi ouvir os pacientes, descobrindo que os diagnósticos
eram fraudulentos. Com esses dados, a polícia obteve
autorizações judiciais para
fazer escutas telefônicas e
comprovou a fraude.
Os laboratórios Wyeth e
Abott já foram investigados
pela 3ª Delegacia Seccional
(Oeste) por financiar ONGs
que praticariam fraude semelhante no segundo semestre de 2007. Os inquéritos foram encerrados neste
ano por falta de provas.
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