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Outro lado
Laboratórios farmacêuticos afirmam que não receberam notificação oficial
DA REPORTAGEM LOCAL
A Folha entrou em contato
ontem com os laboratórios farmacêuticos Merck Serono,
Mantecorp e Wyeth, que, segundo o governo de São Paulo,
tiveram funcionários envolvidos no esquema de obtenção
irregular de remédios do SUS
(Sistema Único de Saúde).
As empresas Wyeth e Merck
Serono disseram que não se
manifestariam porque ainda
não haviam recebido nenhuma
notificação oficial.
A Mantecorp, que também
disse não ter recebido nenhuma informação oficial sobre o
caso, afirmou que "não pratica,
não aceita e não compactua
com comportamentos que estejam em desacordo com a legislação em vigor".
O laboratório farmacêutico
Abbott, que está sendo investigado pelo governo, também foi
procurado pela Folha. Recados
foram deixados, mas ninguém
da empresa telefonou de volta.
De acordo com a polícia, com
as provas obtidas até agora, não
é possível indiciar os laboratórios como pessoas jurídicas,
mas apenas seus funcionários.
Maria Inês Marini Baratelli,
irmã da secretária da ONG Ivanete Aparecida Marini Lima,
uma das suspeitas, disse que
ela não sabia do esquema e recebia apenas R$ 500 por mês
pelo serviço prestado na ONG,
onde trabalhava havia um ano.
Representantes da presidente da ONG, Luci Helena Grassi
Santos e dos advogados Guilherme de Oliveira e Fabiana
Noronha Garcia de Castro não
responderam aos telefonemas
da reportagem. O advogado do
médico Paulo César Ramos
não foi encontrado.
Todos os suspeitos tiveram a
prisão temporária de cinco dias
decretada pela Justiça. Presos
ontem de manhã, eles respondem pela suspeita de crimes de
formação de quadrilha, uso de
documentos falsos, colocar em
risco a vida ou a saúde de outras pessoas e emitir atestados
falsos.
(RW e LK)
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