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No Rio, parque ganha câmeras contra violência
DA REPORTAGEM LOCAL
O parque do Flamengo do
Rio, cujos jardins foram projetados por Roberto Burle
Marx (1909-1994) na década
de 1960, vai ganhar um acessório antiviolência no próximo ano. Serão instaladas
cerca de 20 câmeras de vídeo
em seus 1,2 milhão de metros quadrados (equivalente
a 120 campos de futebol).
"É a forma que encontramos para evitar vandalismos
contra as plantas e a ocupação pela população de rua",
diz Vera Dodsworth, 50, presidente da Fundação Parques e Jardins do Rio.
Até os cabos de energia
dos postes foram furtados
do mais importante parque
do Rio, criado pelo inventor
do paisagismo moderno, segundo Dodsworth. As câmeras foram a solução encontrada para aumentar a segurança do parque já que não
se pode mexer nos jardins,
tombados pelo Patrimônio
Histórico.
Em outros parques do Rio,
a solução foi remover ou minimizar o uso de arbustos.
"É muito comum encontrarmos famílias vivendo atrás
das moitas, até nas praças
cercadas", afirma.
Áreas de vegetação mais
cerrada eram usadas por traficantes, segundo a paisagista. Isso ocorria no Jardim de
Alá, em Ipanema. A forma
de afastar o tráfico, de acordo com ela, é mudar o cardápio de plantas, a iluminação
e criar uma série de atrações
para que o local esteja sempre cheio.
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