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Inca defende a extinção da função no país
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
O Inca (Instituto Nacional
do Câncer), responsável pelo política antitabagista do
governo brasileiro, defende
o fim da função de provador
de cigarro.
"Não tem sentido usar
pessoas para testar um produto que é lesivo para a saúde", diz Tânia Cavalcante,
45, chefe da divisão do Programa de Combate ao Tabagismo do Inca. "Não deveria
existir esse tipo de ocupação.
Isso não combina com uma
empresa que se diz socialmente responsável."
Por muito menos, diz Tânia, a Philip Morris teve de
pagar uma indenização ao
ator americano Wayne
McLaren, que interpretava o
"homem de Marlboro" nos
comerciais da marca. McLaren era obrigado a fumar durante as filmagens e morreu
de câncer em 1992, aos 52
anos. A Adesf (Associação
em Defesa da Saúde do Fumante), ONG que processa a
Souza Cruz e a Philip Morris
por fraude contra a saúde
pública, também defende a
proibição da função.
"Esse trabalho é como um
suicídio programado", compara o advogado Mário Albanese, 71, presidente da
Adesf. Segundo ele, o fato de
o produto testado ser legal
não pode se sobrepor aos
riscos à saúde que traz.
A Souza Cruz diz que a
função de testador existe em
outros países. O Inca afirma
desconhecer a atividade fora
do Brasil.
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