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Mais velhos têm direito a viver de forma ativa
DA REPORTAGEM LOCAL
Frases que demonstram
atenção, como "não carregue peso", "não fique na fila"
e "não vá pela escada" podem retirar todas as chances
de o idoso ser fisicamente
ativo. O hábito de sempre
poupar as pessoas idosas
preocupa os especialistas.
"Cerca de 50% das mudanças que as pessoas associam ao envelhecimento
acontecem simplesmente
porque o indivíduo não é
ativo. Não temos o direito de
condenar ninguém ao sedentarismo", diz a médica
esportiva Sandra Matsudo.
"As incapacidades se instalam não pelo uso excessivo, mas pelo desuso", afirma
a presidente do Centro de
Estudos e Pesquisas sobre o
Envelhecimento da Faculdade de Saúde Pública da USP,
Alice Moreira Derntl.
Subir alguns lances de escada, esperar na fila se equilibrando em um pé só ou assistir de pé à TV por alguns
instantes são "exercícios"
que podem fazer diferença.
A atividade física programada é benéfica, mas a não-programada também, diz
Alice. "Namorar, ir a festas,
dançar. As pessoas estão vivendo mais. Isso não interessa, se não houver prazer."
Há 13 anos, além de cuidar
sozinha da limpeza de sua
casa, Leonor Mulero Marques, 72, faz alongamento e
aeróbica duas vezes por semana. Vai e volta a pé do local onde pratica exercícios
-uma hora de caminhada.
Sobe escadas, faz compras,
carrega peso. "Se mandar jogar bola eu jogo, se mandar
correr eu corro. O que vier
eu traço." Viúva há quase 30
anos, ela conta que o exercício a deixa feliz. "É uma turma grande, cerca de 30 senhoras. Enchemos o salão."
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