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SUS não cobre custo de colírios
DA REPORTAGEM LOCAL
O custo dos colírios e a disciplina para manter o tratamento. Essas são as principais dificuldades
enfrentadas pelos portadores de
glaucoma, diz Elisabete Fruchi,
50, coordenadora da Abrag, associação que reúne portadores da
doença, seus amigos e familiares.
Ela afirma que muitos pacientes
interrompem o tratamento e acabam perdendo a visão porque não
conseguem comprar os colírios,
indispensáveis para o controle da
pressão intra-ocular. Esses remédios não fazem parte da cesta básica de medicamentos do SUS.
Dependendo do grau e do tipo
de glaucoma, a pessoa precisa
usar vários colírios ao dia pelo
resto da vida. Segundo a Sociedade Latino-americana de Glaucoma, em 98% dos casos a doença
atinge os dois olhos
Um estudo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
mostra que 40% dos pacientes vítimas do glaucoma não seguem o
tratamento proposto e que 10%
das perdas de visão ocorrem devido às negligências no tratamento.
Sem o controle da pressão intra-ocular, o campo de visão vai diminuindo até a pessoa ficar cega. Os
colírios servem para "estacionar"
a doença. No Brasil, há 700 mil
pessoas cegas por glaucoma.
Elisabete acredita que os novos
colírios de dose única ao dia, como o Xalacom, lançado esta semana pelo laboratório Pharmacia
e cujo preço ainda não está definido, podem ajudar na adesão.
Abrag - 0/xx/11/55752302
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