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NOVOS ANDARILHOS
Em ano de eleições, São Paulo planeja dar subsídios para evitar reajuste da passagem de ônibus
Prefeitura deve "congelar" tarifa em 2004
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo não
pretende elevar a tarifa de ônibus
em 2004, quando Marta Suplicy
(PT) deverá tentar a reeleição,
embora os contratos firmados
neste ano com viações e perueiros
garantam a correção da remuneração deles conforme uma fórmula estabelecida na licitação.
O diretor-adjunto de gestão
econômica e financeira da
SPTrans (órgão municipal que
cuida do transporte coletivo),
Adauto Farias, diz que a prefeitura espera elevar a demanda e provavelmente dará subsídios.
A proposta orçamentária enviada à Câmara Municipal contempla R$ 280 milhões para subvenções das gratuidades -dinheiro
suficiente para a compra de 1.860
ônibus zero-quilômetro, 23% da
frota atual das empresas.
A gestão Marta chegou a anunciar como uma de suas principais
realizações ter acabado com os
subsídios ao setor em maio de
2001. Ela voltou a repassar verba
orçamentária às empresas de ônibus e perueiros em junho deste
ano, visando remunerar os operadores pelo transporte gratuito de
idosos -que era feito, até então,
sem nenhuma compensação.
A quantia em subvenções reservada para 2004 também se baseia
nesse argumento. "Seria um tiro
no pé [aumentar a passagem no
que vem]", afirma Farias, em referência à redução da demanda.
Ele diz ser uma "coincidência" a
decisão da atual gestão de, mais
uma vez, congelar a tarifa num
ano eleitoral. De 1994 para cá, a
prefeitura deixou de conceder
reajuste da passagem de ônibus
apenas em dois anos de eleições
-em 2000 (gestão Pitta) e em
2002 (gestão Marta).
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