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Carga também dissemina bactéria
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
A invasão do território nacional
por espécies exóticas e nocivas
transportadas em navios não
ocorre somente por meio da água
de lastro. Por intermédio das próprias cargas, há risco de disseminação de pragas e bactérias.
Segundo dados do Departamento de Agricultura americano,
o governo dos EUA estima em
US$ 9 milhões o gasto médio
anual desde 1996 para controlar
os efeitos da entrada no país do
besouro chinês, que perfura o
tronco de árvores, formando galerias e levando o vegetal à morte.
O inseto chegou em estruturas de
madeira usadas como embalagens de mercadorias.
Por essa razão, portaria de 1999
do governo brasileiro determinou
que embalagens desse tipo provenientes dos EUA, China, Japão,
Coréia do Sul e Coréia do Norte
fossem submetidas a processos de
fumigação (exposição da mercadoria, em recipiente fechado, a
gases tóxicos para os insetos).
O método para eliminar o inseto, porém, se converteu em objeto
de polêmica. O gás mais usado na
fumigação é o brometo de metila.
Mas uma resolução de 2000 da
Anvisa proibiu o uso dessa substância por considerá-la "extremamente tóxica" e porque a madeira
não estava entre os produtos autorizados a receber tratamento
com brometo de metila, embora
nesse rol constassem alimentos
como milho e feijão.
No mês passado, o vereador
Fausto Figueira (PT) protocolou
representação no Ministério Público na qual acusa empresas de
controle de pragas de uso irregular do brometo de metila em fumigações no porto de Santos, o
que provocaria dano ambiental e
à saúde dos portuários.
O presidente do Sindicato das
Empresas Controladoras de Pragas de São Paulo, Ricardo Nunes,
disse que as empresas agem legalmente porque estão respaldadas
pela Justiça Federal, que garantiu
o emprego do brometo de metila
para fumigações.
(FS)
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