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Ribeirinhos são preocupação no PA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
O despejo de água de lastro dos
navios vindos de outros países
preocupa autoridades sanitárias
do Estado do Pará em razão da
possibilidade de contaminação da
população ribeirinha, que reside
na margem dos rios próximos aos
portos de Belém, de Santarém e
de Vila do Conde.
Só em Belém, pelo menos 150
mil habitantes residem às margens dos rios Moju, Guamá, Acará e Pará, que compõem a baía do
Guajará -onde fica o porto. A
maioria dessas pessoas mora em
casas de madeira construídas sobre o rio e utiliza essa água para
tomar banho e lavar roupa.
Para evitar a contaminação, a
Vigilância Sanitária do Pará informou que realiza fiscalizações para
impedir o despejo da água na proximidade dos portos, mas admitiu que alguns navios possam escapar da exigência.
Uma das propostas recomendadas pelas autoridades da Saúde do
Pará é que os navios façam trocas
contínuas da água durante o percurso. A orientação é que as embarcações despejem a água do lastro ainda no oceano.
O Porto de Belém, inaugurado
em 1909, movimenta 800 mil toneladas de carga por ano -os
principais produtos operados
são: madeira, pimenta, palmito,
peixe, camarão, castanha-do-Pará e trigo. Construído para atender a uma frota de navios de pequeno porte, o Porto de Belém e
seu canal de acesso necessitam ser
submetidos anualmente a intervenções de dragagem de pelo menos 350 mil m3 para garantir uma
profundidade de 7,30 metros exigida para possibilitar a passagem
de grandes navegações.
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