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Sem transporte, mãe levaria filho no colo
DA REPORTAGEM LOCAL
O garoto Jonathan Henrique
Alves, 7, tem atraso psicomotor e
dificuldades para andar. João
Carlos Cainé, 17, é portador de paralisia cerebral. Ana Carla Silva,
12, e o irmão Adriano, 10, moram
a quase 3 km da escola.
Em comum, essas crianças têm
o fato de serem alunos da rede
municipal de educação e serem
beneficiados pelo Vai-e-Volta, o
que, na opinião dos pais e dos
próprios alunos, é fundamental
para mantê-los na escola.
Valquíria Laner Alves, 29, mãe
de Jonathan, afirma que, sem
transporte gratuito, teria de carregar o filho no colo até a Emef José
Quirino, localizada a 2 km da sua
casa. A família mora em uma ocupação irregular na zona leste de
São Paulo e recebe R$ 163 mensais
do programa renda mínima.
João, que se movimenta em
uma cadeira de rodas, freqüentava aulas na AACD. Os pais pagavam R$ 60 para que fosse levado
de perua. No ano passado, ele passou a freqüentar uma escola municipal e conseguiu o transporte.
Ana Carla e o irmão Adriano
podem andar normalmente, mas,
quando chovia, costumavam faltar à aula porque, morando a 2,5
km da escola, chegavam ensopados. "Quando conseguíamos chegar, estávamos tão molhados que
a professora mandava a gente voltar para não pegar um resfriado",
afirma Ana Carla.
Os irmãos estudam na Emef
Vargem Grande, na zona sul da
capital paulista. As ruas do bairro,
que tem o mesmo nome da escola, são de terra e não há rede de esgoto.
(CC)
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