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Uso de colete faz zelador se sentir como um robô
DA REPORTAGEM LOCAL
Calor e sufoco fazem parte
do dia-a-dia do zelador Manoel
Silvestre da Silva, 53.
Ele tem de usar um colete de
tratamento o tempo todo por
causa de duas fraturas na coluna decorrentes da osteoporose.
"Nossa senhora! Você vê todo mundo andando, de camisa
passada, e eu como um robô."
O colete amarrota a roupa e
restringe os movimentos. Por
isso, Silva não costuma ir muito longe. Pouco sai do prédio
em que trabalha, em Santana,
na zona norte de São Paulo. Terá de fazer o tratamento por
seis meses ainda, afirma.
O zelador descobriu o problema quando pintava algumas garagens. A osteoporose
de que Silva sofre é o resultado
do uso prolongado de cortisona, há dois anos, para tratar um
tipo de anemia. O remédio lesionou o tecido ósseo.
"Depois dele apareceu esse
bocado de problemas." As dores atingem a coluna e as pernas, afirma. Além de osteoporose, desenvolveu diabetes por
causa do medicamento.
Fumante dos 11 aos 40 anos, o
zelador diz acreditar que o tabaco também contribuiu. "Deve ter ajudado. Bem não faz."
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