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Grife Fasano chega a hotel de R$ 50 mi
DA REPORTAGEM LOCAL
Se não faltam lugares gastrobadalados na cidade, na hora de
dormir a oferta era escassa -os
mesmos Emiliano e Unique, e
poucos outros. Não mais. Em julho, as tribos ganham um irmão
mais novo que já dá o que falar.
Trata-se de um dos segredos
mais bem guardados de São Paulo, no interior de um prédio de 60
metros plantado no meio do quadrilátero de ouro de São Paulo,
que vai custar R$ 50 milhões, divididos entre dois grupos e um banco de desenvolvimento.
É o Hotel Fasano, primeira incursão na área da tradicional família restauradora, em sociedade
com a família Diniz e com 40% de
dinheiro do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES). A Folha teve
acesso às obras, que devem ser
concluídas até o final de julho. Tudo impressiona pela riqueza, não
de detalhes, mas dos detalhes.
A começar pelos tijolos aparentes da fachada e de alguns ambientes do interior, importados
um a um da Inglaterra. O piso
principal é coberto por mármore
travertino romano, mesmo material das duas lareiras do lobby.
Logo ao cruzar a porta da entrada principal, que fica na rua Vitório Fasano (ex-rua Taiarana, entre
a Haddock Lobo e a Bela Cintra,
cortesia da Câmara dos Vereadores), o hóspede é recebido por um
bar, e não pelo balcão de registros.
"Que ninguém se engane, é um
hotel de um dono de restaurante",
diz Rogério Fasano. Pela esquerda
chega-se ao novo Baretto, pela direita, ao novo Fasano. Que diminuiu, dos 120 lugares da antiga sede na Haddock Lobo para os
atuais 90. As mesas, de imbuia escura, e as cadeiras, de couro claro,
estarão sob um teto retrátil de vidro, que deve ser aberto nos dias
de temperatura amena.
O cardápio continuará o mesmo, assim como os preços. Ou seja, tudo caro, muito caro, coisa de
mais de R$ 400 o casal. Ainda não
está decidido se a cozinha que
abastece o restaurante proverá
também o serviço de quarto. "Talvez uma versão menor do cardápio", imagina Fasano.
Se na parte gastronômica ele se
garante, o empresário chamou
ajuda externa para cuidar da hotelaria: Marco Vazzoler, que veio
do Four Seasons de Milão e já arrisca um português macarrônico.
O italiano supervisionará os 23
andares, os três últimos ocupados
por spa, sala de ginástica e uma
piscina que é chamada no jargão
interno "de relaxamento", cercada por dois ofurôs, duas saunas e
vista para o Jardim Europa.
(SD)
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