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No PR, 30 mil doadores socorrem HC
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Uma campanha lançada em
maio do ano passado para engajar
a comunidade livrou o Hospital
de Clínicas da UFPR (Universidade Federal do Paraná) da ameaça
de colapso e da suspensão de
atendimentos.
São os cerca de R$ 60 mil mensais que chegam via Funpar (Fundação da Universidade Federal do
Paraná) -contribuição de 30 mil
pessoas que descontam R$ 2 para
o HC nas contas de luz- que estão permitindo ao hospital-escola
do Paraná manter a farmácia minimamente abastecida.
Responsável por 63 mil atendimentos por mês -entre consultas, atendimentos ambulatoriais,
internações e cirurgias-, o HC
vem há anos excedendo sua cota
de procedimentos médicos, o que
o impede de receber do SUS (Sistema Único de Saúde) por todos
os serviço que presta. Só neste
ano, por estouro de cota, o HC
deixou de receber R$ 2 milhões
em procedimentos.
O resultado disso é uma dívida
atual próxima dos R$ 3 milhões
com os fornecedores e um déficit
mensal estimado em R$ 500 mil.
"Não posso dizer a uma mulher
com parto de risco que volte daqui a quatro meses, quando poderemos fazer uma cesariana dentro
da cota", afirma o diretor-geral da
instituição, Giovanni Loddo, 57.
Para Loddo, a crise dos hospitais universitários estaria afastada
se o governo federal assumisse a
folha de pagamento por inteiro. O
HC do Paraná gasta R$ 1,7 milhão
por mês com o pagamento de
funcionários.
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