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Pais dormem mal na primeira noite
DA REPORTAGEM LOCAL
Na primeira noite após a cirurgia de adenóide, são os pais -e
não mais os filhos- que dormem
mal. Pensar que algo de errado
aconteceu ao filho é comum, dizem os médicos, pois a criança,
que roncava e tinha o sono agitado, passa a dormir tranquilamente, sem fazer barulhos.
"Os pais acordam sobressaltados, pensando que a criança morreu", diz o otorrinolaringologista
Clemente Isnard Ribeiro de Almeida, orientador de pós-graduação na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
"À noite, a babá levantou umas
duas ou três vezes para ver se meu
filho estava respirando. Ele não
fazia nenhum barulho", conta
Marta Izabel de Arce, 27, mãe de
Alexsandro Javier Arce, de um
ano e sete meses, operado um mês
depois de a mãe perceber que ele
respirava com dificuldade.
A irmã de Alexsandro, Ambar
Milena, 4, também fez a cirurgia e
abandonou o "ronquinho" já na
primeira soneca. Arce, que há um
ano e meio ficou apreensiva na
noite após a operação de Ambar,
até saiu na noite após a cirurgia do
filho. "Não era mais marinheira
de primeira viagem."
Para ela, os resultados são surpreendentes para uma operação
tão rápida -cerca de 30 minutos,
segundo médicos. "Ele [Alexsandro" saiu do hospital brincando.
Teve um pouquinho de sono por
causa da anestesia e mais nada."
As duas crianças fizeram a cirurgia antes da idade tida como
ideal. Arce diz que não aconselha
ninguém a esperar. "Por que deixar a criança sofrer?"
(BL)
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