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OUTRO LADO
Alemães presos negaram elo com biopirataria
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Os alemães Tino Hummel e
Dirk Helmut Reinecke não
atenderam à solicitação de entrevistas da Agência Folha.
Em depoimento à Polícia Federal, eles confirmaram que o
GPS usado para capturar peixes ornamentais em Barcelos
foi trazido da Alemanha. Mas
negaram o envolvimento com
a biopirataria. "O destino desses peixes seria nossos aquários
particulares", disse Reinecke.
Hummel negou o uso do material de alumínio para impedir
a visão do aparelho de raios X.
"Trata-se de uma espécie de
isolante térmico, não tivemos
intenção de esconder nada",
disse em depoimento.
Os dois alemães afirmaram
desconhecer a legislação brasileira. A Lei de Crimes Ambientais proíbe a coleta de espécies
da fauna silvestre, sob pena de
detenção de seis meses a um
ano e multa.
"Eu não tinha conhecimento
da necessidade de autorização
para a exportação dos peixes",
disse Hummel, afirmando que
o guia Tutunca Nara organizou
suas expedições.
O advogado Cláudio Rosa da
Silva, que defende Hummel e
Reinecke, ingressou com um
recurso no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região,
em Brasília, contra decisão da
juíza de Manaus, Jaíza Fraxe.
Ela negou o relaxamento da
prisão dos alemães e também o
pagamento de fiança, alegando
que os dois poderiam fugir do
país, como já ocorreu anteriormente com outros estrangeiros
acusados de biopirataria. O
TRF ainda não se pronunciou.
"O estrangeiro tem o mesmo
direito de um brasileiro. Eu garanto que eles não vão fugir",
afirmou o advogado dos dois
alemães.
(KB)
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