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Falta setor de inteligência ao Ibama
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A falta de um serviço de inteligência é apontada pelo próprio
Ibama como uma das deficiências
no combate à biopirataria na
Amazônia.
"Nós temos vários suspeitos e
informações, mas, por falta de um
serviço de inteligência, não conseguimos interceptar os carregamentos", disse Adilson Cordeiro,
chefe da fiscalização do Ibama no
Amazonas.
Como a maior parte dos flagrantes ocorre no aeroporto, o
Ibama assinou convênio com a
Infraero, que administra os aeroportos, para que seus agentes
acompanhem o embarque de
vôos internacionais.
No aeroporto
Desde os anos 80, o Ibama e a
Polícia Federal tinham informações do envolvimento do ex-pesquisador norte-americano Milan
Hrabovsky com a biopirataria.
Ele teve uma passagem conturbada pelo Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia)
como estagiário, entre 1984 e
1989. Na época, foi acusado de
biopirataria de besouros.
No entanto ele só foi preso e
multado -em R$ 5.000- depois
da acusação de adquirir produtos
e objetos de origem vegetal sem
autorização do Ibama.
Ele foi pego pelo aparelho de
raios X da Infraero no aeroporto,
que detectou sementes de uma
planta nativa em sua bagagem.
As sementes eram de andiroba,
que tem alto valor comercial na
indústria de cosméticos e farmacêuticos.
Em 2001, o Ibama multou, também em R$ 5.000, o pesquisador
alemão Ulrich Gerharb Friedhelm. Mas quem deu o flagrante
foi a Infraero.
Na bagagem, o pesquisador levava 20 caixas (de 20 centímetros
cada uma) com milhares de formigas vivas e fungos associados.
O destino das formigas era o laboratório da Universidade do Texas
(Estados Unidos).
(KB)
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