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CPI sugeriu legislação mais rígida
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) da Biopirataria,
criada para investigar o tráfico de
animais e plantas silvestres brasileiros, terminou no último dia 26,
depois de três meses, com poucos
resultados práticos e muitas propostas. Na entrega do relatório final, os integrantes da comissão
propuseram ao presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP),
a criação de nova CPI para investigar o assunto.
Segundo o relator da CPI, o deputado Sarney Filho (PV-MA), a
investigação inicial conseguiu
desmantelar inúmeras quadrilhas
de traficantes -em especial, as
que atuam no tráfico de animais,
de pau-brasil e de mogno.
Integrante da CPI, a deputada
Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) diz que as características do
tráfico de animais e de plantas na
Amazônia é diferente das de outras áreas do país.
"Nas outras regiões, o tráfico de
animais silvestres é muito forte,
mas tem como objetivo, no geral,
a venda do animal. Na Amazônia,
eles [os biopiratas] vão atrás do
material genético para fazer pesquisas e, a partir daí, desenvolver
novos produtos", disse.
Grazziotin afirmou que, em
1998, uma comissão interna da
Câmara levantou, durante investigação, a suspeita de que muitos
dos atos de biopirataria são amparados por instituições.
"A biopirataria ocorre via o
manto da legalidade dos institutos de pesquisas", disse.
Penas mais duras
A principal sugestão apontada
pela CPI da Biopirataria é o endurecimento da legislação sobre o
assunto. Hoje, a Lei de Crimes
Ambientais prevê pena de seis
meses a um ano e multa para
quem traficar animais e plantas.
No ano passado, o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, enviou projeto de lei para o
Congresso que eleva a punição
para até cinco anos de prisão. O
projeto ainda não foi votado.
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