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Ministério quer um aumento de 20% no consumo
DA REPORTAGEM LOCAL
Em menos de dois anos, o
Brasil está fazendo pelas vítimas da dor mais do que fez
no século passado inteiro.
Pelo menos no papel. Em julho de 2002, o Ministério da
Saúde criou um Programa
Nacional de Acesso Gratuito
aos Opiáceos.
Pelo programa, todas as
unidades da rede pública, de
postos de saúde a hospitais,
poderão ter em suas farmácias três opíáceos: morfina,
codeína e hidroxicodona.
Qualquer médico da instituição pode prescrevê-los
em receita comum.
Em outro programa, ainda
em teste, o ministério pretende até julho acabar com
os talonários amarelos e o
credenciamento exigido para os médicos que receitam
entorpecentes.
"Ainda estamos estudando a melhor forma", diz Silas
Paulo Resende Gouveia,
chefe de gabinete da Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A tendência é adotar selos
com código de barra, que seriam repassados aos conselhos de classe de médicos,
farmacêuticos, dentistas e
veterinários. Para prescrever
um opiáceo, bastaria ao profissional colar esse selo no
seu receituário comum.
"As farmácias, por sua vez,
enviariam essas receitas à
Anvisa, que teria então um
controle da prescrição e do
uso dessas drogas em todo o
país", diz Gouveia.
As farmácias terão os controles reduzidos e a obrigatoriedade de ter o remédio
em estoque. "Facilitando o
acesso, o governo permitirá
que menos pacientes sofram
com dores. Mas não basta
aumentar o acesso, tem que
aumentar o consumo."
Com essas medidas, o ministério espera aumentar em
pelo menos 20% o uso da
morfina no país.
(AB)
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