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URBANISMO
Área, no mezanino, facilitará o acesso de usuários e visa reduzir riscos, com a proibição de andar a pé na pista
Congonhas terá novo embarque em julho
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando a reforma no aeroporto de Congonhas (zona sul de São
Paulo) ficar pronta, ninguém
mais vai percorrer a pé a distância
entre o avião e o saguão. Na primeira fase da obra, que começou
em abril do ano passado e deve
ser finalizada em julho, serão
construídas oito pontes de embarque -estrutura que parece
uma espécie de sanfona e liga diretamente o avião ao aeroporto,
como existe em Cumbica. Até o final do ano, outras quatro pontes
serão instaladas.
Parte de um projeto de modernização do aeroporto, as estruturas têm como objetivo evitar acidentes como o ocorrido em setembro de 2002, quando um ônibus atropelou três pessoas na pista do aeroporto, matando uma.
Além de diminuir a circulação
na pista, a reforma mudará o embarque de passageiros, feito hoje
em mais de uma ala do aeroporto,
no térreo. O embarque passará a
ocorrer em uma única e grande
sala, em um mezanino. O tamanho vai mais que dobrar: passará
de 2.950 m2 para 7.100 m2.
O desembarque também vai
mudar. Dos atuais 1.300 m2 passará a 2.800 m2 até o final do ano,
além de ganhar novas esteiras e
elevadores. Na parte externa, a fachada do prédio será restaurada.
As mudanças formam a primeira parte da reforma e devem ficar
prontas em julho. O custo, de R$
42 milhões, será pago pela Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), que administra o aeroporto. Ainda não
há uma estimativa de quanto será
investido no total das obras.
A segunda fase, que começou
em fevereiro deste ano e deve ficar
pronta em 2006, inclui a ampliação do número de vagas do estacionamento de 1.200 para 3.400.
No local, será erguido um edifício-garagem, com dois andares
subterrâneos, um térreo e um mezanino. Dos 3.400 lugares, 2.550
ficarão na área coberta e 850 serão
descobertos.
A Infraero explica que a reforma está sendo feita em duas fases
para não interromper, em nenhum momento, o movimento
no local. As obras são a resposta
do aeroporto, que amanhã completa 68 anos, para o crescimento
do número de vôos, linhas e passageiros registrado desde a década de 50- quando Congonhas
passou por uma ampliação e ganhou as atuais edificações.
O aeroporto, que já foi uma das
principais portas de ligação do
Brasil com o exterior, recebe todos os dias cerca de 26 mil passageiros em 600 pousos e decolagens, segundo informações da
própria Infraero.
"Ele tem esse ar futurista, aeroespacial, típico das décadas de
40 e 50, com formas ovaladas e
circulares, em branco, preto e cinza. É muito charmoso, mas estava
mesmo precisando de melhorias,
de uma modernização", afirma a
designer Júlia Goslow, 57, que
costuma pegar a ponte aérea para
o Rio de Janeiro quase todas as semanas, há cerca de 15 anos.
(PEDRO DIAS LEITE e SIMONE IWASSO)
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