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Lista com foto de agressor não teve resultado
DA SUCURSAL DO RIO
A elaboração de uma lista
com fotos e nomes dos jovens agressores, anunciada
pelo chefe da Polícia Civil do
Rio, Álvaro Lins, subordinado ao secretário de Estado de
Segurança, Anthony Garotinho, é a repetição exata de
determinação tomada pelo
então secretário Josias Quintal durante o governo Garotinho (1999 -2002). A medida, aparentemente, não surtiu efeito prático.
Na época, em agosto de
2000, quatro lutadores da família Gracie -que disseminou a prática do jiu-jitsu no
país- atiraram balas de
borracha contra três travestis, na praia de Copacabana
(zona sul). Em março do
mesmo ano, o lutador e instrutor de jiu-jitsu Ryan Gracie ficou 18 dias preso, acusado de esfaquear um estudante numa briga que destruiu uma casa de festas na
Barra da Tijuca (zona oeste).
A atual onda de violência
levou o subsecretário de Segurança, Marcelo Itagiba, a
determinar também que todos os delegados autuassem
jovens envolvidos em brigas
por formação de quadrilha.
Segundo o artigo nš 288 do
Código Penal, quadrilha é a
associação de "mais de três
pessoas, com o fim de cometer crimes". A pena nesses
casos pode ser de um a três
anos de reclusão.
Na avaliação do advogado
Edson Soeiro, que defende
um dos universitários envolvidos em brigas recentes, indiciar os brigões por formação de quadrilha oculta "a verdadeira criminalidade do
Rio -o tráfico, os homicídios e a corrupção".
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