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Boca a boca indica os serviços
DA REDAÇÃO
Robson Barros Guimarães, 19,
grita de dor enquanto é feito o curativo no seu joelho. Ele está há
três dias no Pronto-Socorro Municipal do Jardim Vazame, no
Embu, tratando do abscesso.
Ele é morador do Campo Limpo, em São Paulo. Por que você
veio aqui se existe atendimento
no seu bairro? Vim porque me
disseram que é bom. E é bom
mesmo? Sim, estou sendo bem
atendido. É muito bom.
O pintor de parede Amaro Teixeira de Andrade, 52, também
morador de São Paulo, passou a
sentir dores no abdômen. Andou
mais de cinco quilômetros até o
pronto-socorro. Ele prefere ser
atendido na unidade do Vazame.
O prefeito do Embu, Geraldo
Leite da Cruz (PT), 48, diz que é
assim mesmo. "Quando um serviço tem qualidade, todos correm
para ele." A capacidade do pronto-socorro é de 250 pacientes/dia.
Hoje recebe, em média, o dobro
-40% dos atendidos são habitantes de municípios vizinhos.
O eixo de pobreza sudoeste, que
adentra o município a partir de
São Paulo, abriga 1,1 milhão de
pessoas. Embu faz fronteira com
os distritos paulistas de Campo
Limpo e Capão Redondo, notórios pela ocupação de áreas de
proteção de manancial e pelos altos índices de violência.
Desde 1960, a população da cidade aumentou 42 vezes (em
2000, a cidade tinha 209 mil habitantes). O município tem 60% de
seu território em áreas de proteção de manancial.
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