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Organização prega moderação como estratégia
DA REPORTAGEM LOCAL
Não são exagero as restrições que médicos fazem à
atividade física intensa como estratégia de saúde pública. Se maratonistas que
esfalfam músculos e articulações não procuram orientação especializada, imagine
o que acontece com a maioria da população.
Victor Matsudo, consultor
em atividade física da OMS,
explica que, numa ação de
saúde pública, pregar alta intensidade não dá certo por
causa da baixa adesão e necessidade de avaliação física.
Segundo ele, no primeiro
mês de atividade intensa, a
lesão de ossos ou músculos
pode ocorrer em 50% dos
casos e a lesão leva à aversão
ao exercício.
Na Austrália, a lesão esportiva é a segunda causa de
trauma físico depois do acidente de carro. Nos EUA,
ocorrem 1 milhão de traumas esportivos por ano.
Estudos comprovavam, já
em 1995, que trinta minutos
diários de atividade física
moderada, na maior parte
da semana, trazem benefícios ao organismo, como
menos problemas cardiovasculares. A mensagem foi
escolhida pela OMS para
animar sedentários em 2002,
mas foi colocada em xeque
no fim do ano, quando correu a notícia de que, para ter
ganhos, é preciso um mínimo de uma hora de exercício
intenso por dia.
O Colégio Americano de
Medicina Esportiva esclareceu que os 60 minutos são
aplicáveis para manutenção
de peso.
"O nível de atividade física
depende do objetivo individual", reforça Paulo Zogaib,
do Centro de Medicina do
Esporte do Hospital Sírio Libanês de São Paulo.
(FL)
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