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"Atletas" dispensam supervisão
AMARÍLIS LAGE
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de um ano e meio de sedentarismo, intercalado com algumas corridas "quando dá vontade", o professor de inglês Maurício
Godoy, 27, planeja para breve o
seu retorno ao mundo das atividades físicas. Ele pretende fazer capoeira, musculação e jiu-jítsu. "E
também nadar no fim de semana", complementa.
O objetivo: ganhar rapidamente
massa muscular. Em busca disso,
Godoy diz ter entrado e saído de
academias inúmeras vezes desde
os 15 anos.
Se ele consultou um médico ou
nutricionista para dar início à empreitada alguma vez? "Acho que
não tem necessidade. Se eu estou
me sentindo bem, eu realmente
não me preocupo."
O estudante Wilson Spagnolo,
25, amigo de Godoy, tem a mesma
opinião. Quando pratica esportes,
é por conta própria.
"Eu não vou procurar saber se
tenho alguma doença. Quando ela
aparecer, se me causar algum malefício, aí eu vou curá-la."
O problema é que a "doença" ou
lesão pode ser decorrente da própria atividade física, se essa for intensa e não-supervisionada. Como no caso do estudante Henrique Moreno Mota, 17, que após
largar o cigarro, decidiu "fazer
parte da geração saúde" e começou a se exercitar sem orientação.
O que era para ser uma atitude
saudável teve como consequência
fraqueza, devido à má alimentação, e dores no joelho direito, em
razão do uso de um tipo inadequado de tênis para corrida.
Hoje, Mota mantém um ritmo
de atividades físicas puxado para
grande parte das pessoas. Diariamente, ele pedala 9 km e corre
mais 12 km; além de andar de skate e nadar no fim de semana. Mas,
dessa vez, respeitando as sugestões do ortopedista que consultou
para o problema no joelho e com o
acompanhamento de uma nutricionista, que o ajudou a definir
seus limites.
"Eu quero ficar definido, mas
não aquela coisa forte, inchada. Se
você pensar bem, tem um monte
de gente malhada que não é saudável", afirma o estudante.
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