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São Paulo, domingo, 11 de maio de 2003

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"Atletas" dispensam supervisão

AMARÍLIS LAGE
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de um ano e meio de sedentarismo, intercalado com algumas corridas "quando dá vontade", o professor de inglês Maurício Godoy, 27, planeja para breve o seu retorno ao mundo das atividades físicas. Ele pretende fazer capoeira, musculação e jiu-jítsu. "E também nadar no fim de semana", complementa.
O objetivo: ganhar rapidamente massa muscular. Em busca disso, Godoy diz ter entrado e saído de academias inúmeras vezes desde os 15 anos.
Se ele consultou um médico ou nutricionista para dar início à empreitada alguma vez? "Acho que não tem necessidade. Se eu estou me sentindo bem, eu realmente não me preocupo."
O estudante Wilson Spagnolo, 25, amigo de Godoy, tem a mesma opinião. Quando pratica esportes, é por conta própria.
"Eu não vou procurar saber se tenho alguma doença. Quando ela aparecer, se me causar algum malefício, aí eu vou curá-la."
O problema é que a "doença" ou lesão pode ser decorrente da própria atividade física, se essa for intensa e não-supervisionada. Como no caso do estudante Henrique Moreno Mota, 17, que após largar o cigarro, decidiu "fazer parte da geração saúde" e começou a se exercitar sem orientação.
O que era para ser uma atitude saudável teve como consequência fraqueza, devido à má alimentação, e dores no joelho direito, em razão do uso de um tipo inadequado de tênis para corrida.
Hoje, Mota mantém um ritmo de atividades físicas puxado para grande parte das pessoas. Diariamente, ele pedala 9 km e corre mais 12 km; além de andar de skate e nadar no fim de semana. Mas, dessa vez, respeitando as sugestões do ortopedista que consultou para o problema no joelho e com o acompanhamento de uma nutricionista, que o ajudou a definir seus limites.
"Eu quero ficar definido, mas não aquela coisa forte, inchada. Se você pensar bem, tem um monte de gente malhada que não é saudável", afirma o estudante.



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