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SAÚDE
Crise faz paciente recorrer a hospital militar em Recife
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
A crise na saúde pública de
Pernambuco, motivada por
um movimento de demissão
em massa de médicos, já fez
com que 2.653 pessoas buscassem atendimento nos últimos dez dias em um hospital de campanha montado
pela Aeronáutica na divisa
entre Recife e Jaboatão dos
Guararapes.
Médicos da Marinha e da
Força Aérea foram convocados pelo governador Eduardo Campos (PSB) para ajudar no atendimento à população. Trabalham em cabanas de lona erguidas no campo de futebol do 2º Comar
(Comando Aéreo Regional).
O atendimento é ambulatorial. Não há estrutura para
internamentos ou cirurgias.
A maioria dos pacientes
buscou a rede antes de ir aos
militares. Eles reclamam da
falta de atendimento nos
hospitais, causada pela crise
entre médicos e Estado.
A categoria reivindica reajuste salarial maior que o
oferecido pelo governo e
ameaça com um pedido de
demissão coletiva - ontem,
decisão do TJ cassou a demissão coletiva e colocou a
negociação novamente na
estaca zero.
No ano passado, crise semelhante, com greve de funcionários e médicos, sobrecarregou emergências de
hospitais em Estados nordestinos, como Pernambuco,
Alagoas e Ceará.
Assim como em 2007, o
impasse atual traz transtornos às emergências. O atendimento está restrito a casos
considerados gravíssimos.
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