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Preconceito cerca a Sars
DA REPORTAGEM LOCAL
A pneumonia asiática, assim
como outras doenças emergentes,
também foi cercada por preconceitos e desinformação. Há quem
pense que ela mate na maioria dos
casos, o que não é verdade.
"Não é que a letalidade da doença seja negligenciável. Mas a
maioria das mortes no mundo é
de pessoas idosas ou que já tinham doenças pulmonares ou
cardíacas", afirma Carlos Magno
Fortaleza, diretor do CVE (Centro
de Vigilância Epidemiológica) do
Estado de São Paulo.
Até sexta-feira passada, a Organização Mundial da Saúde registrava 116 mortes em 2.890 casos,
uma letalidade de 4%, portanto.
Entre os vários tipos de pneumonia já conhecidos, a letalidade varia muito -de menos de 1% dos
casos, em pessoas saudáveis, a
cerca de 50% (em idosos ou pacientes com outras doenças).
O "epicentro" da pneumonia
asiática foi a província chinesa de
Guangdong, de onde a doença começou a se espalhar a partir de
novembro do ano passado. Há
fortes evidências de que o causador da doença seja um coronavírus e de que sua transmissão
ocorra por contato com gotículas
de saliva ou secreções nasais do
infectado. É recomendável não
viajar para os quatro países em
que há transmissão da doença
(China, Canadá, Cingapura e
Vietnã). No Brasil, até sexta, havia
um caso suspeito e um provável
registrados.
Não há ainda como confirmar
os casos porque não há certeza sobre a causa da doença. E também
há dificuldades para isolar seu
agente causador.
(FABIANE LEITE)
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