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VESTIBULAR
Para diretor acadêmico, se número de inscritos crescer muito, serão necessárias mudanças; exame começa hoje
Modelo de prova da Unesp está "no limite"
ANDRÉ NICOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O modelo de vestibular da
Unesp -que 94.046 candidatos
fazem hoje e nos próximos dois
dias- está em seu limite e terá de
ser modificado, caso o número de
inscritos cresça mais de 10% nos
próximos anos. A afirmação é de
Fernando Dagnoni Prado, diretor
acadêmico da Vunesp, fundação
responsável pela prova.
O exame de hoje, comum a todos os candidatos, é composto
por 84 testes de múltipla escolha.
O de amanhã, de conhecimentos
específicos, tem 25 perguntas escritas de matérias que variam de
acordo com a carreira. A prova de
terça-feira tem dez questões de
português e uma redação. O vestibular deste ano contará com 6.310
vagas distribuídas em 155 cursos.
Diferentemente do que acontece nos exames da Fuvest e da Unicamp, por exemplo, a prova da
Unesp é aplicada e corrigida em
apenas uma fase. Ou seja, todos os
candidatos fazem todas as provas,
que têm de ser corrigidas no mês
de janeiro. Como os exames do
segundo e do terceiro dia são escritos, a correção é demorada e
cara, já que tem de ser feita manualmente por uma equipe de
professores de cada matéria.
No caso da Fuvest, apenas os
candidatos que são aprovados para a segunda etapa fazem as provas escritas. Dessa forma, os cem
testes da primeira fase servem como uma espécie de peneira. Neste
ano, dos 157.808 inscritos, apenas
18,7% (29.561) farão a fase seguinte e terão suas provas corrigidas.
Na Unesp, com o atual modelo,
terão de ser corrigidas cerca de 90
mil redações, além das provas de
conhecimentos específicos. Além
do problema financeiro, há dificuldades logísticas. "Como a nova
LDB [Lei de Diretrizes e Bases da
Educação] determina que os cursos superiores têm de ter no mínimo 200 dias letivos por ano, as aulas não podem começar no meio
de março, e nós temos pouco
tempo para corrigir as provas.
Com 105 mil candidatos, não teríamos tempo de corrigir as provas a tempo", disse Prado.
A medida de dividir o exame em
duas fases, entretanto, não seria
tomada já para o ingresso em
2005. "Não podemos surpreender
os vestibulandos que se preparam
tendo em vista um determinado
modelo de prova. A divulgação
tem de ser com muita antecedência para não prejudicar os estudantes", disse ele.
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