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Outro lado
Para entidade, relatório é inconclusivo
DA REPORTAGEM LOCAL
Neival Rodrigues Freitas, diretor da Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais), afirmou que o
trabalho da CPI foi inconclusivo e que as empresas
não tiveram chance de se
defender.
"Eles não concluíram
nada, deixaram para outras instâncias, como o
Ministério Público, [a tarefa de] terminar as investigações", diz Freitas, que
disse que as seguradoras
se defenderão em outras
instâncias que investigarem o caso.
Segundo ele, houve diversos depoimentos na
CPI, nos quais foram apresentados documentos
contra as seguradoras,
mas elas não tiveram acesso às provas para comprovar sua veracidade -elas
estão na Polícia Científica.
Ele cita, por exemplo, a
apresentação de notas fiscais que indicariam a instalação de peças automotivas usadas ou não originais em consertos por oficinas indicadas pelas seguradoras -o objetivo, diz a
CPI, seria reduzir custos.
Freitas criticou ainda o
fato de não ter tido acesso
ao relatório final da CPI.
Ele disse também que a
entidade não pôde analisar em detalhes os projetos de lei que, se aprovados, podem impedir as seguradoras de indicar a
clientes oficinas credenciadas e obrigá-las a enviar
relatórios ao Detran sobre
seguros pagos em caso de
acidentes. Segundo Freitas, esses projetos podem
ser sobrepostos por um
projeto de lei federal.
Ele foi favorável, porém,
à proposta da CPI de criar
um "Dia da Conciliação",
em que Justiça e seguradoras deverão resolver casos de ações de clientes
que não receberam os prêmios dos seguros.
A Folha conseguiu falar
com três das oito seguradoras citadas na CPI. A
Marítima disse que prestou os esclarecimentos solicitados e aguarda a publicação do relatório da
comissão. A Porto Seguro
e a SulAmérica não quiseram se manifestar.
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