São Paulo, quarta-feira, 15 de abril de 2009

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Outro lado

Para entidade, relatório é inconclusivo

DA REPORTAGEM LOCAL

Neival Rodrigues Freitas, diretor da Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais), afirmou que o trabalho da CPI foi inconclusivo e que as empresas não tiveram chance de se defender.
"Eles não concluíram nada, deixaram para outras instâncias, como o Ministério Público, [a tarefa de] terminar as investigações", diz Freitas, que disse que as seguradoras se defenderão em outras instâncias que investigarem o caso.
Segundo ele, houve diversos depoimentos na CPI, nos quais foram apresentados documentos contra as seguradoras, mas elas não tiveram acesso às provas para comprovar sua veracidade -elas estão na Polícia Científica.
Ele cita, por exemplo, a apresentação de notas fiscais que indicariam a instalação de peças automotivas usadas ou não originais em consertos por oficinas indicadas pelas seguradoras -o objetivo, diz a CPI, seria reduzir custos.
Freitas criticou ainda o fato de não ter tido acesso ao relatório final da CPI.
Ele disse também que a entidade não pôde analisar em detalhes os projetos de lei que, se aprovados, podem impedir as seguradoras de indicar a clientes oficinas credenciadas e obrigá-las a enviar relatórios ao Detran sobre seguros pagos em caso de acidentes. Segundo Freitas, esses projetos podem ser sobrepostos por um projeto de lei federal.
Ele foi favorável, porém, à proposta da CPI de criar um "Dia da Conciliação", em que Justiça e seguradoras deverão resolver casos de ações de clientes que não receberam os prêmios dos seguros.
A Folha conseguiu falar com três das oito seguradoras citadas na CPI. A Marítima disse que prestou os esclarecimentos solicitados e aguarda a publicação do relatório da comissão. A Porto Seguro e a SulAmérica não quiseram se manifestar.


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