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Água chega a virar esgoto a céu aberto
DA REPORTAGEM LOCAL
O parque Chico Mendes é
um oásis de verde na árida
Vila Curuçá (zona leste de
SP). Todo verão, quando as
chuvas fortes começam, o lago, porém, vira um esgoto a
céu aberto. As galerias pluviais e a rede coletora da vizinhança não suportam o volume de água que recebem e
extravasam. "É uma tristeza
só", resume o vigia do local
José Carlos Bina, 50.
Também na zona leste, o
parque Raul Seixas enfrenta
problema semelhante, mas
não há previsão de quando
eles serão solucionados pela
prefeitura e pela Sabesp.
O despejo de esgoto e o assoreamento (carregamento
de terra e resíduos pela chuva) atingem também os parques do Piqueri e do Carmo.
A situação do Jardim Botânico (zona sul) é pior. O Lago das Garças, que um dia
abasteceu a região, recebe
esgoto in natura do complexo da Secretaria de Estado
da Agricultura e os resíduos
da limpeza dos recintos dos
animais do zoológico.
"Estamos fazendo um projeto com a secretaria para
que eles passem a tratar o esgoto, e o zôo deve estar finalizando uma estação de tratamento própria", diz Carlos
Bicudo, do Instituto de Botânica, que cuida do parque.
No Horto Florestal (zona
norte) e nos parques da Aclimação e Ibirapuera, para reduzir o impacto do esgoto, é
feita a flotação, coagulação
da sujeira em flocos, retirados da água. Mas, se as mortes de peixes cessaram no
Horto, nos outros dois locais
os problemas continuam.
Em outubro de 2003, a
concentração de coliformes
fecais (bactérias que indicam presença de esgoto) ultrapassou o limite em todos
os pontos de medição nos
parques Ibirapuera e da
Aclimação. (MV)
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