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"Aumentar fiscais não é solução"
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário de Implementação
das Subprefeituras, Jilmar Tatto,
disse que o aumento do número
de agentes vistores não é a melhor
solução para uma fiscalização
mais efetiva de imóveis irregulares na cidade de São Paulo.
De acordo com Tatto, o modelo
atual está errado e precisa ser repensado. "Não funciona, é antigo,
burocrático e corrupto."
Segundo ele, o maior problema
é o contato entre o fiscal e o munícipe, pois o encontro pode possibilitar uma negociação entre as
partes.
Tatto disse que a secretaria planeja um modelo de fiscalização
eletrônica nos moldes do "Tigrão" -projeto da Prefeitura de
São Paulo para fiscalização eletrônica da publicidade irregular na
cidade por meio de câmeras e até
de satélite.
De acordo com o secretário, está
sendo desenvolvido um programa de computador que vai substituir o trabalho de campo do fiscal.
O aparelho possibilitaria que fossem feitas as inspeções de uma
obra, por exemplo, sem a presença do agente vistor. O fiscal, que
permaneceria na sede da subprefeitura, emitiria a multa sem precisar ir ao lugar.
"Quem vai ao local não deve ser
quem vai emitir a multa."
Tatto disse também que é mais
barato investir na fiscalização eletrônica do que "inchar" o quadro
de agentes vistores. "A prefeitura
prefere contratar professores,
médicos e enfermeiros."
No entanto o programa não tem
previsão para entrar em atividade. O secretário afirmou que, enquanto isso, os 770 novos fiscais já
contratados pela prefeitura poderão melhorar a fiscalização na cidade assim que entrarem em atividade.
O secretário Jilmar Tatto declarou que já foram afastados pela
atual administração 128 funcionários corruptos.
"Não adianta colocar vários
[fiscais" se uma parte deles começa a roubar."
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