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Paciente deve ser visto na totalidade
DA REPORTAGEM LOCAL
A idéia de que as especialidades
e os especialistas não conversam
entre si está começando a mudar.
O corpo dividido por órgãos e enfermidades está dando lugar a
uma medicina holística, em que o
paciente é visto como um todo.
Essa é uma das preocupações
dos cursos de educação continuada que a Sociedade Paulista de
Psiquiatria Clínica vem oferecendo há quatro anos. Em oito cursos
realizados ao longo do ano passado, em Campinas, participaram
1.100 médicos das mais diferentes
especialidades.
As aulas, gratuitas e à noite, são
uma espécie de introdução à psiquiatria preparada especialmente
para profissionais médicos. Farmacologia é um dos temas. Os
"alunos" aprendem a importância das dosagens e do tempo de
tratamento. "Errar a dose ou o
tempo pode agravar a enfermidade, pois o organismo tende ficar
resistente à droga", lembra Eurico
Pereira Neto, da Sociedade Paulista de Psiquiatria Clínica.
Outro tema é a anamnese, a
consulta propriamente dita. Há
perguntas que não podem deixar
de ser feitas, como a relação com a
família, com o trabalho, a qualidade do sono, a vida sexual, o
tempo dedicado ao lazer.
Além de Campinas -onde a
procura vem sendo grande-, os
cursos começam a ser dados em
Curitiba, Campo Grande e Natal.
A intenção da Sociedade Brasileira de Psiquiatria Clínica é oferecer
a série de "aulas" em todos as sociedades estaduais.
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