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Contaminação da Rhodia ainda não foi resolvida
DA REPORTAGEM LOCAL
Clareiras malcheirosas, onde
estavam depositados blocos amarelos que provocavam alergia na
pele, tonturas e náuseas a quem
quer que se aproximasse deles.
Foram cenários como esse que,
denunciados à imprensa por comunidades locais, levaram, em
1984, à descoberta oficial dos chamados lixões da Rhodia ao longo
da costa da Baixada Santista.
Vinte e dois anos, quatro ações
civis públicas e três termos de
ajustamento de conduta depois, o
problema descoberto em dez locais de despejo clandestino de organoclorados -como os tóxicos
pó-da-china e HCB- ainda não
está equacionado (nem há prazo
previsto para isso). A multinacional francesa, que não produz mais
nada em Cubatão, está importando tecnologia para tentar tratar os
resíduos. O custo já chega a US$
20 milhões (R$ 72 milhões).
Em abril, o Ministério Público
federal reabriu as investigações
para averiguar se as medidas de
remediação adotadas são adequadas e se há novos lixões. Não chegou ainda a nenhuma conclusão.
A Cetesb afirma que é pouco
provável que haja ainda locais de
descarte. A Rhodia refuta totalmente a hipótese.
A ACPO se preocupa com a saída da empresa do pólo de Cubatão. Segundo Eduardo Octaviano,
porta-voz da Rhodia, a multinacional só fecha as portas de vez
quando tiver resolvido toda a
questão ambiental.
Segundo a empresa, o descarte
clandestino ocorreu na primeira
metade dos anos 70, quando a fábrica tinha outro dono.
(MV)
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